Função de Produção - Empresa Metarlúgia/ AS, Cotia, São Paulo
A empresa Metalúrgica Mens/AS, localizada na Região da Grande São Paulo – Cotia produtora de matérias primas extraídas de vidros. Não consegue definir o quanto produzir de cada produto e, estimar por quanto venderia sua produção.
O Departamento de Tecnologia da empresa recorreu aos recursos primários e encontrou uma solução através de estudos que deixou claro qual deveria ser seu próximo objeto de pesquisa: Função de produção ao longo prazo.
Ao analisar o que era necessário para iniciar a matéria prima, a Metalúrgica verificou a complexidade do processo produtivo, a quantidade do bem que poderá ser fabricado num determinado período de tempo é função direta da quantidade dos fatores de produção utilizados no processo produtivo. Diversas tecnologias estão disponíveis e há diversos insumos (matéria prima, madeira, mão – de – obra), com variados preços, e estas escolhas, assim como outros fatores, interferem no processo produtivo.
A empresa trabalha ao longo prazo, ou seja, todos os fatores de produção são considerados variáveis, a empresa tem condições de mudar a quantidade utilizada de todos eles. No exemplo precedente, o longo prazo é o período de tempo superior a seis meses.
A possibilidade, no longo prazo, do aumento da quantidade de todos os fatores de produção (capital, trabalho e outros) pressupõe que a empresa pode alterar inclusive o tamanho de suas instalações, ou seja, a escala de suas operações. Na produção de longo prazo, a questão passa ser o que ocorrerá com o volume produzido caso seja dado um acréscimo na proporção utilizada de todos os fatores, ou seja, um aumento na escala das atividades da empresa.
Se as quantidades dos insumos aumentarem numa dada proporção e a produção também aumentar nas mesmas proporções, teremos a ocorrência de rendimentos constantes de escala, caso a produção aumentar numa proporção maior ter-se-á rendimentos crescentes de escala e caso ela aumente numa proporção menor, rendimentos decrescente de escala.
Os diretores da empresa perceberam que a divisão é relativa, dependendo do processo produtivo. Na produção e o cuidado com o vidro, seis meses já é considerado longo prazo, constataram que quando estão planejando a produção, trabalham no cenário de longo prazo (todos os fatores podendo variar: contratar ou demitir trabalhadores, arrendar, comprar ou vender aéreas, etc.).
Os custos dos insumos dividem-se em dois grandes grupos: aqueles referentes aos fatores fixos (custos que o produtor incorre independente do nível de produção, mesmo que nada seja produzido) e aqueles referentes aos insumos variáveis.
Ao se trabalhar com custos, é necessária muita atenção para não esquecer ou omitir qualquer custo. Assim, quando a Empresa estava apurando seus custos de produção, considerou também, por exemplo, o valor do arrendamento de terrar na região como custo de oportunidade da parte de sua localização ocupada com os bens incorpóreos. Após levantar o custo total de produção observou que uma informação importante é o custo de cada unidade produzida.
Assim, compreenderam que quando produzia relativamente poucas unidades, a receita marginal superava o custo e era interessante, então aumentar a produção. Quando produzia relativamente grandes quantidades, acontecia o inverso: a receita marginal era inferior ao custo marginal e seria interessante, então reduzir a produção para não ter prejuízo. A quantidade que deveria produzir, portanto, aquela em que a receita marginal iguala ao custo.
A empresa estará em equilíbrio num mercado de concorrência perfeita quando estiver maximizando seus lucros, ou seja, quando a diferença entre receita total (valor total do faturamento) e o custo total de produção for maior possível.
Vender por um preço mais baixo que o de mercado é o diferencial da empresa Mens, já que ela pode vender toda a sua produção pelo preço de mercado e lucrar mais. Além disso, a baia do preço seria contraproducente, pois, como o mercado de concorrência perfeita é transparente, todos os demais concorrentes fariam o mesmo, anulando o eventual efeito favorável da redução.